sexta-feira, 3 de março de 2017

Quem é você de verdade?

sexta-feira, 3 de março de 2017

          Essa semana estava olhando sem compromissos as minhas redes sociais, enquanto refletia sobre a hipocrisia humana. Por que somos capazes de julgar o outro por algo que nós mesmos fazemos, mas não temos a capacidade de assumir publicamente nossas ações? Passamos a vida construindo uma imagem que na verdade em nada se parece com aquilo que somos, mas que é o que queremos vender para a sociedade, ficamos então num jogo em que ninguém é o que parece e que a sociedade na verdade é uma ilusão forjada por mentiras e farsas.

          Em quanto me questionava de o porquê preferimos viver uma mentira à mostrarmos ao mundo a nossa verdadeira realidade, encontrei uma frase que trouxe o sentido que talvez eu procurava “O MEDO DE SER LIVRE PROVOCA O ORGULHO EM SER ESCRAVO” infelizmente por ser um post de internet qualquer eu não tive acesso ao autor. Uma pena pois talvez esse gênio conseguiu resumir em uma frase a explicação para a existência de problemas como: Machismo, Racismo, LGBTfobia, Família tradicional Brasileira, Intolerância religiosa, Xenofobia, Desigualdade social, Misoginia e tantos outros problemas ou Doenças da sociedade que deveriam ter ficado no passado da humanidade mas que ainda hoje nos assola.

          Isso se deve ao fato de muitas pessoas aceitarem ser colocadas numa condição de inferioridade por terem ou por serem algo que as difere dos ditos “normais”. E pior, mais do que aceitar muitas ainda se orgulham em serem postas em condição de inferioridade e reclusão. E por medo de ser julgadas ou condenadas pelos princípios da sociedade tornam-se julgadores e opressores da sua própria classe.

          Por isso quando você mulher diz que “Uma mulher não pode ficar bêbada pois isso é coisa de vagabunda”, ou um Gay diz que “Tudo bem ser gay mas Afeminado é de mais”, ou você Homem repete aquela velha frase que “Homem não chora”, Saibam que na verdade o que vocês então fazendo é transformando o medo que vocês tem em ser livre, num ódio às pessoas que querem viver livres de verdade. E é assim que essa bola de neve continua, um descontando suas frustrações na liberdade do outro, Um verdadeiro Show de ódio gratuito.


          Bem se você estiver se perguntando como fazemos para acabar com essa situação, talvez você esteja fazendo a pergunta errada, pergunte se, “Será que este sou eu de verdade?”, “Será na verdade eu vivo tentando me adequar à aquilo que querem que eu seja?”, “Será que eu não estou julgando os outros por medo de que eles façam aquilo que eu na verdade tive medo de fazer?” Essa mudança só vai acontecer a partir do momento que saímos da nossa zona de conforto e assumirmos o medo que temos em ser autênticos. Por isso não se contente em ser escravo, por mais difícil que seja orgulhe-se em ser livre. 

quinta-feira, 2 de março de 2017

Sim, é golpe!

quinta-feira, 2 de março de 2017
O Impeachment está previsto nos artigos 85 e 86 da Constituição de 1988 e na Lei nº 1079/50 e para que tivesse acontecido o impedimento da presidenta, deveria ter havido comprovação de crime de responsabilidade da mesma, coisa que não aconteceu.
O processo do impeachment acusava a gestão da presidência da república de uso de “pedaladas fiscais”. Ou seja, atrasos no repasse do Tesouro a bancos públicos encarregados da operação financeira de alguns programas sociais. Sendo isso uma maneira de cumprir artificialmente o orçamento, mas não é crime de responsabilidade. Portanto, a presidenta Dilma não foi acusada de nenhum crime. Na verdade o impeachment só aconteceu porque o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para escapar do processo de cassação devido a inúmeras denúncias de corrupção que pesam sobre ele, decidiu tocar fogo no país, tendo o apoio da oposição, que por sua vez não se conformava de ter perdido nas urnas as eleições de 2014!

O processo de impeachment foi um golpe contra a democracia. Seus articuladores, em sua grande maioria, são investigados e réus em processos. Na comissão do processo do impeachment foram 34 investigados pelo Supremo Tribunal Federal. Na votação da Câmara dos Deputados foram 271 deputados acusados que vão da fraude ao homicídio. Porém, contra a Dilma não há absolutamente nada! Sim, é golpe.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A história que quase não pude contar

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
No primeiro dia do ano de 2011, ainda em clima de réveillon, alguns familiares e eu voltamos à uma das praias de Vila Velha, no Espírito Santo, onde, horas antes, havíamos comemorado a chegada do novo ano. Afim de dar continuidade ao proveito daquele dia especial, fomos curtir o litoral da cidade e seus prazeres.
Alguns preferiram ficar nas barracas se refrescando com bebidas e sorvetes. Outros, os mais jovens, escolheram tomar sol e banho de mar. Este tinha águas verdes que, aliadas ao forte calor, convidavam para um mergulho. Atendi o chamado e, junto com um primo, entrei no mar. De início, fiquei na parte rasa em respeito ao imponente oceano. Porém, ali, com muita areia que se impregnava em minha pele a cada vez que as ondas quebravam, resolvi avançar um pouco mais. Me livrei da areia, mas o que passou a incomodar foi o arrebentar das ondas em meu corpo, o que me deixava instável e me fazia tomar os chamados “caldos”. Novamente, avancei um pouco mais buscando maior conforto ao banhar-me naquela imensidão. O que os meus olhos alcançavam era somente uma partícula do imensurável Atlântico. Ora essa! O que aconteceu com aquele meu respeito inicial a exorbitância do mar? Por algum motivo ficou pelo caminho.
Falando nele, o chão de incalculáveis grãos de areia molhada , de repente, não foi mais sentido por meus pés. Sim, me livrei da areia, do quebrar das ondas, mas... As ondas... Elas iam e vinham como quem não quer nada. E, em uma dessas vindas eu avancei mar a dentro, desta vez, não por vontade própria. Fiquei, figurada e literalmente, sem chão. Me debatia desesperadamente a fim de encontrá-lo até afundar a primeira vez. Atabalhoadamente consegui emergir. Foram pouquíssimos segundos de esperança, pois consegui ver o meu primo Junior que estava por perto no momento. Aflita, tentei chamá-lo, no entanto, só consegui gritar a primeira sílaba antes de ser novamente engolida e engolir, muita, muita água salgada.
Esse foi, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis da minha vida, o fim dela parecia iminente quando algo me puxou para cima. A primeira sílaba berrada foi o suficiente para o Juninho tentar me socorrer, mas sua força não bastava para me livrar do afogamento. Sob pena de também ser asfixiado e perder a vida, ele precisou desistir de mim. A agonia, então, continuava e, ainda mais desesperada, dei de cara com a morte. Um suspiro, outrora tão pouco valorizado por mim, era tudo que eu precisava. Meu sistema respiratório já queimava e eu me encontrava em um tenebroso “beco sem saída” onde minhas únicas e cruéis opções eram prender a respiração ou aspirar água cheia de sal.
Minha capacidade de pensar e ter qualquer tipo de reação já havia desaparecido, era o fim. Parecia que o mar não havia gostado de eu o ter desrespeitado. Meu algoz era gigante demais para que eu o vencesse. Perdi... Não, espera. No fim, que não foi o fim, inacreditável! Algo me reergueu. Quatro braços fortes me elevaram, desta vez, definitivamante. Eram os salva-vidas, que me permitiram dar o tão desejado suspiro. Respirar, sentir o calor do sol, tocar o chão, a areia seca... viver nunca foi tão bom!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

MASCULINIDADE TÓXICA

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Todos os dias, nós homens escutamos o que e como devemos ser. Desde crianças existem regras claras impostas pela sociedade. Não estão escritas na Constituição, mas elas se perpetuaram entre as gerações de boca a boca, um estigma sobre o outro.

Meninos NÃO PODEM:

*Ter “voz fina” (aguda);
*Usar rosa ou tons similares;
*Brincar de “casinha” ou com bonecas;

Meninos PODEM:

*Beijar o mais rápido possível;
*Transar o quanto antes;
*Brincar de trabalhar, de esportes, de correr;

E isso porque nem falamos dos homens, porque segundo esse código, adultos têm ainda mais trabalho: eles devem manter a casa e a família financeiramente, mas estão livres dos deveres de casa (isso é para meninas/mulheres), homens são o alicerce e portanto não podem chorar, não podem conversar sobre suas dores, devem ser fechados, nunca conversam sobre sentimentos. São sérios. Amam futebol. Sempre sob controle. Intimidadores. Estão sempre procurando sexo. Nunca se abraçam.

Essas são algumas dos vários muros que surgem para impedir o exercício de uma masculinidade saudável. Pois, estamos sendo observados, julgados, e como se não bastasse reproduzimos esses estigmas sobre os homens e meninos ao nosso redor. O feminismo luta pela igualdade entre homens e mulheres. O movimento LGBT luta pelo respeito a homens gays, bissexuais, travestis e transsexuais. E tudo isso retorna à somente um ponto: MASCULINIDADE TÓXICA.

Outro dia estava lendo um texto sobre o assunto e em como ele precisa ser imediatamente discutido. Nossos meninos estão se tornando homens doentes, fechados e violentos. Porque o machismo afeta diretamente homens e mulheres.

Dentro de casa meu pai não permitia que eu cruzasse minhas pernas, ele não concordava que eu deixasse meu cabelo crescer, minha mãe me forçava a ter amigos homens (porque eu andava somente com meninas na escola), dormir na casa deles, jogar futebol (e não, “praticar esportes”), mandavam engrossar a voz, ficar sem camisa sempre. E isso era uma das coisas que mais me constrangiam: FICAR SEM CAMISA. Eles me forçavam para que eu tirasse, porque estava calor e todos os outros meninos estavam sem. Hoje, ainda tenho receio de tirar a camisa, não me sinto confortável depois de tanto brigar com eles para permanecer com ela.

Entre esses e outros atos de opressão, que na cabeça deles me ajudariam a ser homem, construindo minha masculinidade, só me mostrou o que não quero, nem como devo ser. Sei como isso me diminuiu como homem, como ser humano, por ser afeminado e lutar contra isso todos os dias. Porque segundo essa sociedade nojenta ser gay não é ser homem.


Até recentemente, escutei em casa: “Para de ficar desmunhecando, não é coisa de homem”, ou algo parecido. Continuei no exercício de “desmunhecar” imediatamente. Alguns elementos deixam de ser somente parte da minha identidade e tornam-se armas em uma luta. Luta por homens que saibam que são seres humanos. Que choram, riem, demonstram afeto, respeitam. Que são homens por amar e serem amados, que constroem uma carreira, uma família, do lado de outros homens ou mulheres. Homens que são gente. E gente sofre. Pronto.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Somos a doença e o remédio

domingo, 12 de fevereiro de 2017
Diante da dúvida em relação ao tema deste meu primeiro texto para o nosso blog e, ao pensar sobre a sociedade adoentada em que vivemos, resolvi discorrer a respeito do que por toda vida tive como indubitável: a necessidade de nos respeitarmos e as nossas diferenças. Religião, cultura, padrão social, determinismo biológico, ideais de perfeição e beleza, estão entre as principais causas ou “desculpas” para a disseminação do machismo, preconceito, discriminação, feminicídio e todos os tipos de violência, especialmente contra negros, mulheres e a população LGBT.
Podemos confirmar o alastramento e arraigamento dessas negatividades na sociedade brasileira através, por exemplo, de algumas notícias recentes: “Em 11 dias, 11 mulheres são assassinadas no RN”; “Michel Temer elimina ministério que defende negros, mulheres e LGBTs”; “Mãe diz que filha sofreu racismo em escola do Rio: ‘cabelo de pobre’”; “Andressa Urach está na UTI após tentar retirar hidrogel”; “Travesti é encontrado morto com pelo menos 30 facadas em Caucaia”; “Brasil amarga o preço da intolerância e lidera ranking de violência contra homossexuais”; (...) “Segundo os dados da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, houve 898 homicídios nos últimos 6 meses na região metropolitana de Maceió. Deste número, apenas duas vítimas eram brancas, as outras 896 eram negras”.
Estes tipos de matérias evidenciam o quanto a sociedade está enferma. Algumas políticas públicas foram criadas na tentativa de amenizar os sintomas da nossa patologia civil, porém, ainda são poucos os feitos e efeitos. Ações se iniciam, mas não tem continuidade. O capitalismo propicia a inversão de valores, o “ter” em detrimento do “ser”, em certas situações, neutralizando estigmas, já que, quando se tem poder aquisitivo, negro vira branco e desvalido se torna vultoso, por exemplo.
A escola que deveria possibilitar e instigar, entre outras competências, a aceitação da diversidade, ao contrário, se tornou um ambiente recheado de preconceitos e discriminações - sem falar na padronização e religiosidade de seus processos. Por falar nesta última, muitos a tem usado para fazer julgamentos e espalhar intolerância atrelando religião a Deus. Deixo claro o meu respeito por pessoas que nEle não acreditam. Mas, como aqui imagino ter liberdade para explanar o que penso, tenho convicção de que o comportamento de muitos religiosos não agrada a Deus, pois não refletem importantes princípios cristãos como o amor e o não julgamento.
Anteriormente, citei a imprescindibilidade do respeito mútuo, sobretudo diante das diversidades alheias. No entanto, sei que o problema está profundamente enraizado entre nós. As adversidades que têm nos deixado profunda e negativamente marcados vêm se propagando no decorrer dos séculos, e, embora haja tentativas crescentes de solução, através de movimentos sociais, políticas públicas (ainda que insuficientes), estudos, discussões, existe um longo e árduo caminho a se percorrer em busca da igualdade de direitos para negros, mulheres e LGBTs, entre outros. Repito, nossa sociedade está combalida e é uma “enfermidade” difícil de ser sanada.
Após dois anos e alguns meses tendo o privilégio de ser uma estudante universitária e conhecer um pouco mais sobre as temáticas sobre as quais me refiro, através dos diálogos com teóricos, depoimentos e participações de professores e de alguns colegas nesse tempo, corroboro meu sentimento de indispensabilidade em relação a duas coisas sem as quais, imagino, a luta pela equidade estará perdida: respeito e amor ao próximo. Ademais, concluo meu pensamento com uma questão: Por que incomoda tanto a diferença do outro se em nada ela me prejudica?
Deixo, também, um trecho bíblico:
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
                        2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
                                               - I Coríntios 13 - Bíblia Online

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Cartas para Helena

sábado, 11 de fevereiro de 2017



Primeiro, odeio do fundo do meu coração ter que escrever, poderia falar. Porque não consigo organizar meus pensamentos com tantas letras, pontos e virgulas.
Dedico esse texto a uma amiga que está longe, mas não importa o vento que passe no deserto das nossas vidas, não haverá areia para cobrir nossa história.
Não importa a sequência acredito que todos os caminhos vai chegar a um mesmo ponto (todos os caminhos dessa leitura, não parei pra refletir se na vida funciona da mesma forma) mas aconselho essa sequência.
Sequência de leitura: 1   2   3
 
Homens são de marte e mulheres são de vênus
Homens e mulheres são criaturas que desde os tempos dos dinossauros, tentam se entender. É estranho como criaturas da mesma espécies são tão complexos e diferentes, mas que devemos buscar entender suas necessidades e forma de pensar, de maneira que não sejamos abusivo.
Sempre lidaram tão bem por tantos séculos (acho que não exista problema entre eles que não possa ser solucionados). Se tem algo te afligindo que tira seu sono a noite...não são cigarros e congestionamento de pensamento que vão te ajudar.
Quer mesmo saber uma solução? Pegue um busão vá até o Mercadão e compre um chá. Depois de passear por diversos senários urbanos onde arte, história e cultura gritam...é hora de sentar e conversa.

Sexo é um, amor (é/são) dois
O sexo e o amor são linha paralelas que se cruzam, mas nunca adam juntas.
Onde tem amor, tem amor.
Onde tem amor, pode ter sexo.
Onde tem sexo, tem sexo.
O que quero dizer que o sexo não justifica o amor, o amor é equivalente a atenção, carinho, cumplicidade...o sexo e só um complemento. Existe sexo com amor e sexo sem amor, porém não existe amor sem amor. Porque se tirar o amor, não sobra nada.
Curiosidade do mundo dos homens - Pág. 10 do “Poème d'un homme”
"Não importa quantas vezes transamos por dia, não importa quantas mulheres comemos, muito menos como elas são, nada dispensa a nossa velha amiga mão."

Aprender para evoluir
“A vida te dá um peso conforme a tua força, ela nunca dará algo que não possa suporta”
Se seguimos padrões somos vulneráveis, porque teremos que seguir o que a maioria acredita ser belo ou feio. Sendo que na verdade nada disso existe, só existe se você quiser.
A partir do momento em que você aceita todos como são, sem preconceito e restrição, você não está subindo no degrau da vida, e sim tirando o peso que existia em sua alma para a partir daí...consegui subir o primeiro degrau da vida, que tem o nome de aceitação.
No momento em que você desconstrói todos esses tijolos de padrões sócias, você não tem mais a parede que servia de suporte para um espelho que te oprimia, que refletia o seu próprio preconceito, também não terá mais a parede que formava o muro que te privava de sair daquele lugar.
Enfim espero que encontre suas respostas. Mas antes queria deixar algumas observações:
Obs1: Somos compostos de Corpo, Mente e Alma. Elas se comunicam entre si, quando uma não está bem, todo o resto também não. Agora quando todas estão em harmonia, você está em paz.
Obs2: Tentei usar ponto e virgulas da forma que facilitasse a leitura.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Perdidos no mundo acadêmico.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Esse texto tem origem de um pensamento de um jovem que se encontra perdido no meio acadêmico. O jovem tá falando dele, não sendo necessário que você se inclua nisso.

Vamos começar com algumas perguntas: Qual foi o último artigo científico que você leu, e quanto você pode dizer que esse artigo influenciou diretamente em sua vida acadêmica?
Agora partindo dessa pergunta, eu faço ainda outra. Qual foi o último artigo/resenha acadêmica que você escreveu?
Se você não se lembra bem das respostas pra essas perguntas. Bem, meu caro. Você, assim como eu, deve estar passando por um momento de "perca acadêmica", bem, esse termo que eu acabo de inventar, reflete à um ponto da sua vida em que você está na academia, mas não se encontra como um acadêmico. E vários fatores podem estar influenciando você a isso.
Não se assuste. Por incrível que pareça eu já encontrei mais pessoas iguais.
Se você detectou esses sintomas, é hora de parar, pensar, e agir. Quais ações você pode começar pra retomar um nível de progresso acadêmico satisfatório?
Posso começar dizendo que montar um esquema de metas pra sua semana, é fundamental. Que tal separar alguns minutos do seu tempo e fazer uma divisão que inclua assistir alguma videoaula, ler ou confeccionar um artigo, resenha, ou coisa do tipo?

Só não se deixe estagnar em meio à esses tempos complicados. É tão preciso quanto necessário enxergar dentro de você, uma voz com potencial.

Morte certa por Frede Ferreira

                                                            Morte certa

 E comum ver em várias feiras e mercados frutas e verduras grandes e bem coradas, o que engana a muitos diante da sua bela imagem, que saltam as nossas cestas e carinhos. Mas até chegar a este ponto um ''extenso caminho'' foi percorrido pela mesma. Desde de sua germinação altas doses de agrotóxicos a ela são submetidos alterando todo seu processo de crescimento, desenvolvimento e maturação, trazendo consigo altas doses de venenos a mesa do consumidor, que paga mais caro por alimentado mortífero. E essa forma de lucro a todo custo vem acarretando desde erosão, infertilidade, desertificação, mudanças climáticas, contaminação do solo, contaminação das águas e dos seres humanos.
Em contrapartida a tudo isso surgem vários movimentos e trabalhos que vem produzindo alimentos com ajuda das florestas nativas e reflorestando toda á área degradada como o Ernst Gotsch e sua agricultura sintropica que visa sempre a regeneração das áreas. Um sistema mais lento mais que nos dias atuais vem bem a calhar, com todos os problemas acarretados pelos agrotóxicos. É as instituições se voltam a apoiar as pesquisas do que se fazia no passado, e se não atentarmos a este modo de vida, vamos assim adiantar todo o processo da vida e quando não falecermos precocemente, carregaremos as doenças contraídas, em  suma morte certa.

Dessa vez deu certo. Dessa vez...


Uma jovem mulher estava voltando para sua casa depois de um longo dia de trabalho, com roupas que a sociedade diz serem roupas descentes. Seu andar não dizia nada além de "estou cansada e precisando do conforto da minha casa". Nada que pudesse realmente a fazer perceber que poderia aguçar a mente podre de um abusador. Estava prestes a atravessar a rua, quando o carro parou na sua frente lhe impedindo a passagem. O susto deixou-lhe com o coração na boca e a figura dentro do carro fizeram sua respiração se prender por um momento.  Ele era velho, aparência porca, talvez até um pouco bêbado. Rude, asqueroso. Um cara nojento aos olhos de qualquer um. "Vai pra onde gracinha?", foram os tiros dados aos ouvidos da moça. Sempre fora uma mulher bem segura de si e sem medos, mas naquele momento a unica coisa que ela soube falar foi o silêncio. "Tá me ouvindo não? O gato comeu sua língua?", mais alguns tiros dados. Ela precisava sair dai, antes que o pior acontecesse, então recorreu a sua arma perigosa, a aspereza. "Eu nem te conheço nojento" 

Dessa vez, deu resultado. O velho babão entendeu o recado e se retirou da mesma forma que chegou. Mas poderia ter dado errado e essa moça poderia não ter contado uma história bem diferente e cheia de hematomas se sobrevivesse. A moça, sou eu, que escrevo esse relato para colocar em questão um ponto: O que de fato faz uma mulher ser abusada?

A resposta é muito simples: O que faz a mulher ser abusada é - infelizmente- o fato dela ser mulher.
Ser mulher na péssima construção social atual é : Ser a dona de casa, frágil, servente. Aquela que tudo ouve calada, bem obediente. Ser mulher é não ter o direito de colocar nem sequer o tornozelo para fora, pois um pedaço de pele seu exposto é o mesmo que "estar pedindo" para ser violentada. Ser mulher é saber que seu cargo vai ser desvalorizado apenas pelo seu sexo de nascença. Ser mulher é ter que aguentar todos os tipos de grosserias na rua, e ter medo de se defender, pois existe sempre o perigo eminente de ser estuprada, covardemente açoitada e até humilhada por aquele que há incomoda.

Agora, eu lhe pergunto? Como um homem, que não tem força nenhuma a não ser a dos braços, que pouco faz para ganhar muito, um homem que é privilégiado até na hora do sermão da igreja -que é soberania na vida de muitos- onde no discurso a figura do "Deus" é masculina, a figura do "salvador" que veio ao mundo é masculina e a mulher a unica coisa que fez é ser inocente e aceitar o difícil fardo de mal aparecer na história do seu filho, que nunca sequer por muitos é considerado como filho de uma mulher.
Como foi que o homem, vestiu-se de "narciso" e assumiu que ele era o rei de tudo e que somente ele tinha quaisquer direitos sobre qualquer um? E a pergunta principal: como o Y da história virou rei e o X virou tapete de show? Como isso faz sentido hoje? Porque?

Mas na verdade, eu só quero mesmo é que você leia todo esse texto e se responda: Homem, porque você fez/faz, apoia, não discute sobre isso?

Você homem é quem precisa mudar...

Odeio me olhar no espelho.

A relação entre eu, o brasileiro, e a política, é delicada e bastante passional. Crio heróis com a mesma facilidade em que crio vilões. Acredito em estatísticas na mesma velocidade em que deposito minha confiança em palavras vagas discursadas em um comício. Assisto as decisões dos individualistas representantes políticos que não se interessam nem um pouco nos meus problemas diários. Vereadores são eleitos e trabalham em prol das suas próprias famílias, esses mesmos que vieram na minha casa e prometeram mudanças para minha família.
Eu, o brasileiro, tenho uma lista extensa de coisas que amo e odeio no meu país, mas nesse tom de desabafo prefiro falar sobre o que passa em meu coração. Sou cheio de defeitos e consigo enxergá-los em outras pessoas, ainda que não goste de assumir. Falando da minha relação com a política, eu, o brasileiro, odeio saber que todos os meus defeitos estão na câmara municipal, na câmara dos deputados e no senado brasileiro. Eu odeio saber que a culpa dos problemas políticos do meu país é minha também. Eu odeio ter que aceitar que a minha corrupção é corrupção assim como a de um senador. Eu odeio perceber que penso só nos meus problemas assim como um deputado. E, é difícil assumir, mas em meio a tanto ódio, eu odeio ter que demonstrar minha decepção. Eu odeio me ver no espelho. Eu odeio política.